postheadericon Vencendo com paciência.


TEXTO: II Timóteo 2. 24.
“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente”.
 INTRODUÇÃO:
Tratamos de vários assuntos nas rodas de temas cristãos. Falamos muito de amor, de prosperidade, de autoridade e poder espiritual. Damos importância aos relacionamentos, as conquistas, as vitórias, porém, tratamos pouco de um tema que dá liga e faz tudo isso ter sentido, que é a PACIÊNCIA. Nos dias de hoje, paciência é produto raro, vivemos o império da intolerância. É a intolerância racial, intolerância no trânsito, intolerância nos relacionamentos, intolerância nas diferenças, e assim vemos a paciência perde espaço em nossas vidas. Por isso tratar deste tema é importantíssimo e urgente em nossa sociedade e também em nossas vidas particulares. O exercício da paciência no meio cristão é um dever, uma obrigação, e é sobre isso que trataremos hoje:
É meu dever como cristão:
1º) TER PACIÊNCIA COM AS PESSOAS QUE ME CERCAM.
“O amor é paciente” (I Coríntios 13. 4a).
Amar as pessoas é algo mais difícil do que parece, ainda mais se essas pessoas destoam em muito de nós. Se já é difícil amar, é mais difícil ainda ter paciência com essa pessoa, que muitas vezes se revela incômoda, insistentes, incorrigíveis, intransigentes, maçantes, aborrecíveis. Conviver e lidar com pessoas assim é um trabalho árduo, complicado, indigesto, e que poucos querem praticar, e o pior, parece que pessoas assim surgem aos montes no nosso ciclo de convívio, mesmo que tentemos evitá-las ao máximo. Porém, é meu dever como cristão se paciente com pessoas que assim me parecem e aparecem. É muito mais caro para mim a falta de paciência do que a paciência em si. Não adianta me exceder quando pessoas assim cruzam o meu caminho, pelo contrário, mantendo a paciência, posso tirar proveito da convivência com pessoas assim. Como servo de Deus, minha vitória está condicionada a conviver com pessoas que muitas vezes não quero, ou com pessoas que me tiram do sério. Como servo de Deus, devo demonstrar paciência com pessoas as pessoas que mais me incomodam. Não há virtude para mim, nem diante de Deus, nem diante dos homens, nem diante do diabo, em manter a paciência com as pessoas que eu gosto de conviver, com as pessoas das quais eu dependo de alguma forma. Há virtude sim, em ser paciente com quem me gera incomodo, em ser paciente com quem tem a habilidade de me tirar à calma, em ser paciente com quem discorda de mim ou me confronta nas horas cruciais. Se devo amar as pessoas como a mim mesmo conforme me exorta o SENHOR, preciso amar com paciência, com delicadeza, com bons modos, boa educação, boas palavras, colocando o amor em formas práticas. Na realidade, é praticamente impossível enxergar o amor, quando esse está desprovido de paciência, de calma, de tranquilidade. Algo que deve nos encorajar a ter paciência com o próximo, é a paciência que Deus tem comigo, e também a paciência que os outros têm comigo, me suportando, me amando, me perdoando, me compreendendo.  Na trajetória da sua vitória, a paciência com as pessoas que lhe cercam, deve ter presença garantida, deve estar em todos os momentos da sua vida, assim, o nome do SENHOR é louvado e a sua vida será abençoada e abençoadora.
É meu dever como cristão:
2º) TER PACIÊNCIA COM AS SITUAÇÕES DA VIDA.
“Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.” (Tiago 5. 11).
Se não posso perder a paciência com as pessoas que me cercam, não posso também perdê-la com as situações da vida que me cercam. É preciso ser paciente diante dos infortúnios, do imprevisto, do sofrimento, da doença, das limitações, da terminalidade, do período de espera de alguns acontecimentos. Nosso exemplo de paciência diante das circunstâncias da vida foi Jó. Este homem perdeu tudo literalmente – riqueza, família, saúde, status...Mas diante de tamanho infortúnio, Jó faz a seguinte declaração: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!  Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. (Jó 1. 21 e 22)Essas atitudes diante das circunstâncias da vida fizeram de Jó um exemplo, um “tipo de Cristo”, alguém em quem devemos nos espelhar e pautar nossas atitudes.  Perder a paciência quando tudo diz que “não”, não resolve a situação, é mais caro perder a paciência do que mantê-la. Na realidade, preservar a paciência nas horas mais difíceis, nos dá uma vantagem diante de todas as situações. A paciência é um sinal de sabedoria, e mais do que isso, é um sinal de fé diante das lutas da vida. O Rei Davi sabia bem disso, e nos legou o Salmo 37 para nos ajudar e ensinar a mantermos a calma quando a situação não estiver ao nosso favor. Diante da tragédia, diante da dor, diante da escassez, independente do que for a causa, ser paciente é uma forma de vencer, e também de glorificar ao SENHOR que tudo sabe, e que para tudo tem um tempo determinado em baixo do céu. 
É meu dever como cristão:
3º) TER PACIÊNCIA COMIGO MESMO.
“Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade.” (Salmo 86. 15).
Parece estranho dizer isso, soa como autocomiseração, como autopiedade, como complacência, mas não é isso não. Pelo contrário, é uma atitude severa para comigo mesmo, e ao mesmo tempo uma atitude de amor. Não adianta eu perder a paciência diante de uma nova queda, de um novo erro, quando eu me enxergar sujo, pecador, intragável, hipócrita, com todo meu histórico negativo pela frente. Eu preciso me dar uma nova chance, não para errar, mesmo que isso seja impossível, mas uma nova chance de em Cristo, ser feito nova criatura, renovar a minha mente, nascer de novo. Preciso enxergar meus pecados, preciso ser duro com minhas falhas, preciso me corrigir para diminuir a chance do erro, porém, se errar, tenho de ser paciente, recomeça, reerguer, para daí sim, encontrar a estatura de varão perfeito diante do SENHOR. Jamais devo me esquecer que Deus é paciente comigo, que Ele me ama e me perdoa quando sinceramente me arrependo, quando resolvo mudar de vida. Sendo assim, também devo me dar uma nova chance, não com hipocrisia, não com complacência, mas com consciência de que agora devo acertar, devo santificar. O salmista neste Salmo 86, nos mostra uma das lindas faces de Deus, a da graça, mostrando o quanto Deus é compassivo, e assim sendo, posso me achegar diante dEle para renovar, santificar, adorar, e ser feito nova criatura. Porém, essa paciência de Deus para comigo, e de mim para mim mesmo, não pode me ser barata, pois por ser alvo da paciência divina, também devo agora ser paciente e amoroso com meus credores, como já vimos anteriormente. Ter paciência para recomeça, para recompor e santificar demonstra o quanto estou firmado nos propósitos eternos, e o quanto entendo o amor do SENHOR. Sendo assim, glorifico e exalto a Deus vivendo verdadeiramente na Sua doce graça.
CONCLUSÃO:
Com paciência eu vou muito mais longe, preservo muito mais minhas energias e alcanço maiores bênçãos. Com paciência, aprende a aguardar o tempo de Deus, Suas santas ações, Sua santa vontade, aprendendo assim que Deus nem tarda e também não falha. Com paciência posso ver o sobrenatural acontecer, posso experimentar o melhor do SENHOR e ainda, posso saborear as boas sensações da vida.
Exercite a paciência, glorifique ao SENHOR desta forma, e você encontrará vitória em sua vida.

Soli Deo Gloria!

Rev. José Ricardo Capelari
Baseado na coluna de hoje em diante da Revista Ultimato  Nº 329 - Março-Abril 2011 pág. 32

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