postheadericon AMAR AS COISAS DESTE MUNDO NOS IMPEDE DE AMAR A DEUS!

37. E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, 38. para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39. Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: 40. Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. 41. Isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito. 42. Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; 43. porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. João 12. 37 – 43.

O texto que acabamos de ler encerra a exposição feita por Jesus de sua pessoa, sua obra e sua divindade, onde ele se expos ao povo, porém não foi compreendido. Daqui por diante se inicia outra etapa dentro deste evangelho, onde Jesus trata do amor que ele tem pelos seus, ilustrada pelo emocionante acontecimento do “lava pés” (João 13. 1-11). Porém entre estas duas partes, esta o nosso texto, onde João traz uma explicação para a incredulidade dos judeus, atribuindo essa incredulidade ao cumprimento da palavra dita por Isaias (Is. 6.10). Daí então vem à luz algo interessante que João faz questão de grafar com clareza ao dizer: “Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele”. Vemos aqui que mesmo obscurecidos pelo cumprimento da palavra de Isaias, a luz da glória de Cristo foi mais forte, alcançando os corações de alguns fariseus. Porém o que segue revela algo triste porém comum: “mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus”. Os que creram deveriam receber um grande destaque aqui, dado a perseguição e a incredulidade existente naquele povo, porém, eles são colocados na mesma seção daqueles que não creram, perdendo assim o valor de sua fé e crença. Na realidade vemos João expressar uma verdade: “eles amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus”, ou seja, amaram mais a este mundo do que a vida eterna com Deus.

1º) O amor ao mundo nos impede de confessarmos a nossa fé.

“Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam” (v. 42).

Quando estamos atrelados ao mundo, passamos a ser cúmplices do mundo, a compartilhar do mundo, e a vivermos uma vida de conformidade com as exigências deste mundo. Tão presos desta forma, não conseguimos expressar nossa crença em Deus, isso quando há fé em Deus, por saber que o mundo não aceita essa fé, e que rejeita os que nela se apóiam e a professam. Esse era o caso das autoridades que João descreve. Estes homens acreditaram em Jesus, nos seus atos e até em sua divindade, porém, como o sistema dos fariseus não aceitavam os que assim pensavam e criam, eles preferiram não confessar, para não perderem suas regalias. Quantos dentro da igreja não fazem da mesma forma? Quantos acreditam, gostam, se encantam pelas palavras de Cristo Jesus, mas não tem coragem de mencionar abertamente isso, com medo do que os outros vão dizer. Sabemos que a fé em Cristo exige conduta, bom testemunho e também rompimento com os valores mundanos, sabemos também que para “se dar bem” diante do mundo, é preciso romper com os valores cristãos. O Apóstolo Paulo sabia disto, e muitas vezes sofria com isto, diante da sedução que o mundo imprime sobre o ser humano, ele expressa: “Miserável homem que sou!” (Rm. 7. 24). Como seria bom que nos víssemos assim por algumas vezes, como miseráveis necessitados da glória e da graça de Deus! Há uma tensão muito forte entre nos mantermos de pé ou cedermos ao mundo, e algo que pode nos trazer a vitória é a confissão de nossa fé, expressarmos ao mundo que somos cristãos genuínos, falhos em nossa natureza, mas restaurados pelo sangue de Cristo Jesus. Sem essa confissão, nos será impossível alcançar a salvação, como diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10.9). O amor ao mundo impediu aqueles homens de irem além na sua vida espiritual, e nos impedirá também se não confessarmos ao Senhor como nosso Salvador e Senhor.

2º) O amor ao mundo nos impede de acertamos o alvo correto.

“para não serem expulsos da sinagoga”

Todos devem ter um alvo na vida, saber para onde vai, o que se quer alcançar na trajetória de sua existência. Na vida de um cristão, o alvo é Jesus, como diz o Apóstolo Paulo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3. 13 e 14). Aquelas autoridades estavam diante do verdadeiro Alvo de qualquer vida: Jesus. Eles estavam diante daquele que todos devem seguir, diante daquele que deve ser adorado, mas não seguiram, não adoram, não se renderam. O alvo deles era outro, e João destaca bem isso: “para não serem expulsos da sinagoga”. Eles estavam de olho é no emprego deles, nos seus rendimentos, e acima de tudo, eles estavam de olho nos outros, para saberem o que pensariam deles. O alvo deles eram as coisas deste mundo. Será que isso não acontece conosco? Será que ao invés de mirarmos o Alvo que é Cristo, não estamos com nossa visão presa às coisas e necessidades deste mundo? Temos obedecido a Jesus e seguido o que diz Mateus 6. 33 e 34? “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Essa é uma ordem clara para esquecermos o mundo e focarmos nossos olhos espirituais em Cristo. Quem não acerta sua visão ao alvo correto que é Cristo, atira a sua vida no precipício do inferno, perdendo assim a chance mais preciosa que se tem, que é alcançar a vida eterna. O Senhor Jesus te chama neste momento a acertar sua visão, corrigir seu alvo, e rumar diretamente para a vida eterna, para isso é necessário que você tire seus olhos do que é mundano, e passe a focar o que é eterno: Jesus Cristo.

3º) O amor ao mundo nos impede de ver profundamente a glória de Cristo.

“porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus”

Como eu já disse, aquelas autoridades estavam focados no alvo errado, o que preocupava o coração deles era a sua reputação diante da Sinagoga, e isso lhes impediu de ver algo que estava bem a suas frentes, que era a glória do próprio Deus, revelada em Jesus Cristo. O mundo faz isso com a gente, nos impede de ver a glória de Cristo, que é a revelação do próprio Deus sobre a face desta terra, e o pior, o mundo nos faz muitas vezes acreditar que a nossa glória é maior que a de Cristo. Os homens deste texto acreditaram nisto, de que a glória de homens era melhor para a vida deles do que a glória de Deus, revelada em Jesus Cristo. Será que não temos a mesma visão? Será que não nos agrada mais sermos reconhecidos pelos homens, receber seus favores, suas glórias, do que ser reconhecido eternamente por Deus com Cristo na glória eterna? Para agradarmos a Deus e encontrarmos o Seu Santo favor em nossas vidas, com bênçãos, prosperidade e paz, é necessário deixarmos para trás as glorias deste mundo e buscarmos as glórias vindas de Deus. A palavra nos diz: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm. 3.23). Esta glória vinda do Pai é necessária para nos conduzir a Salvação e nos atrair até Ele, sem ela, estamos perdidos e sem esperança. Aqueles homens ao lado de Jesus, mesmo percebendo quem Ele era, todo o Seu poder, toda a Sua glória, preferiram ficar com a glória dos homens, glória que não lhes trazia a verdadeira alegria, mas que lhe causava comodidade. Ficaremos nós assim? Deixaremos nós a glória do Deus vivo e eterno, para vivermos a glória de homens corruptíveis e pecadores? De que lado você está? Com qual glória você irá ficar? Onde você passará a sua eternidade?

O mundo nos convida e tenta a todo momento nos seduzir, como fez o diabo diante de Jesus no deserto, oferecendo-lhe glória que não lhe pertenciam e que não poderiam seduzir a um coração rendido a Deus, como fez Jesus que resistiu ao diabo e sua sedução, façamos nós também, alcançando o favor e a benção da glória do nosso Deus.

Soli Deo Gloria!

Rev. José Ricardo Capelari.

1 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde.

Peço muito a Jesus para guiar meu caminho, mas também peço uma família, uma pessoa em minha vida para amar e ser amado, para formamos uma família e termos nosso filho. Isso é o principal em meus diálogos. Estou agindo corretamente ou isso é estar preso ao que é do mundo?

Obrigada.

Vania.

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