postheadericon Qual a intensidade do seu amor por Deus? – Parte II



INTRODUÇÃO: 
Estamos vendo nesta série de mensagens, que o amor a Deus deve ser algo sincero, com profundidade, espiritualidade, entrega, renuncia e diligência. Vimos que a intensidade de nosso amor ao SENHOR deve envolver: TODO O NOSSO CORAÇÃO (envolvimento com o reino e a causa de Cristo); TODA A NOSSA ALMA (espiritualidade saudável que busca cumprir a vontade de Deus); TODO O NOSSO ENTENDIMENTO (fazer da nossa vida cotidiana uma vida de louvor ao nome do SENHOR). Hoje continuaremos a entender como deve ser nosso amor ao SENHOR, entendendo o segundo mandamento, que está ligado ao primeiro, fazendo parte assim, de uma conduta de amor que agrada o coração de Deus, e faz de nós servos fiéis da Sua vontade.      
TEXTO: Mateus 22. 34 – 40.  
34. Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. 35. E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: 36. Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? 37. Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. 38. Este é o grande e primeiro mandamento. 39. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Nesta conversa, Jesus ensina que não há amor sincero e profundo a Deus, sem que haja a mesma intensidade de amor pelo próximo, incluindo não só as pessoas com parentesco a nós, mas também amigos e principalmente inimigos. Chegar a este grau de amor é algo necessário para os que anseiam chegar ao Céu, para os que desejam a salvação, aos que querem as bênçãos de Deus sobre suas vidas, e aos que se dizem cristãos verdadeiros. Este amor é ensinado por Jesus como um mandamento, ou seja, não há rota alternativa, não há outra opção, deve-se amar e pronto! A palavra diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (v. 39). Por isso, veremos hoje que o seu amor ao SENHOR deve ir muito além das palavras...
O seu amor ao SENHOR tem de ter:
1º) SINCERIDADE.
No meio evangélico, há muitas expressões, e uma das mais comuns é: “eu te amo meu irmão (a)!”. Muitos até dizem isso motivados por esse mandamento divino de amar ao próximo como a si mesmo, porém, será que esse amor é sincero? Em cultos mais animados, considerados avivados, as pessoas tomadas por suas emoções, declaram-se umas as outras, expressam-se em amor, porém, com o passar dos dias, parece que essa intensidade amorosa diminui. Há ainda, aqueles que dizem amar ao seu próximo, porém, guardam no coração uma amargura e uma mágoa em relação a várias pessoas, por motivos justificáveis ou mesmo banais, criando assim, uma esfera de falsidade na relação com o próximo. Não é esse o desejo do SENHOR para as nossas vidas. Não é desse jeito que o SENHOR deseja nos ver, expressando o mais nobre dos sentimentos. O amor cristão deve ser sincero. Relutamos contra essa ideia. Achamos que a sinceridade pode destruir nossos relacionamentos. Imaginamos: “como dizer isso a fulano?”... “se eu falar isso, beltrano irá ficar chateado, bravo comigo, é melhor deixar passar!”. E assim criamos relacionamentos superficiais, insossos, sem a graça divina. A sinceridade é parceira do bom cristão! Porém essa sinceridade deve ser trabalhada, para que não se torne um mero desabafo, um “vomitar” de suas frustrações sobre as outras pessoas. Não podemos confundir nossas impressões pecaminosas, com sinceridade. Devemos expressar um amor sincero, devemos compartilhar a verdade, devemos viver uma vida sem máscaras, porém, sempre em amor, sempre com educação, delicadeza, bom senso, noção das coisas, para que esse amor não se torne em ofensa, e acabe levando a desavença. Amar ao meu próximo como a mim mesmo, envolve reconhecer que nós não somos perfeitos, pelo contrário, todos temos defeitos, e em sinceridade, trabalhamos isso em amor, e vivemos unidos na graça de Cristo.
O seu amor ao SENHOR tem de ter:
2º) RENUNCIA.
Amar ao próximo, como já foi dito várias vezes, não é fácil. Pessoas são complexas, são difíceis de lidar, tem histórias distintas, formações variadas, o que as tornam seres complicados de se conviver. Se junta a isso a influência do pecado, a raiz adâmica que habita em nós, e nos torna pessoas possuídas por paixões boas e ruins, complexos, certezas, razões, hábitos, constituindo-nos em seres difíceis de lidar. Porém, não podemos levar em conta as nossas vontades quando o assunto é a vontade de Deus em nossas vidas. Quando queremos expressar nosso amor ao SENHOR, faz-se necessário renunciar a muitas coisas, muitas vontades, para que não seja a nossa vontade que impere, mas sim, a vontade do Pai. Jesus nos dá o exemplo na oração do Getsêmani: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. (Mt. 26. 39). E João Batista também nos ensina sobre renuncia ao dizer: “É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (João 3. 30). Nosso amor ao SENHOR e ao nosso próximo deve ser assim, despretensioso, renunciando a nós mesmo por amor ao Pai, e também por amor a nossos irmãos e também aos nossos inimigos. O Apóstolo Paulo nos ensina: “Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (Rm. 5. 8). Ou seja, Cristo mostra o caminho sublime em amor que devemos seguir. Por isso, por amor ao SENHOR e também pelo seu próximo, renuncie sua vontade, suas paixões, seus valores, e siga firme na vontade do SENHOR!
O seu amor ao SENHOR tem de ter:
3º) COMPAIXÃO.
Outra faceta de nosso amor para com o SENHOR é a compaixão. Não há amor cristão genuíno, verdadeiro sem compaixão, se envolvimento com os sofrimentos que estão ao nosso redor, sem se alegrar com as alegrias alheias. O Apóstolo Paulo nos ensina orientado: “alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram”. (Rm. 12. 15). Isso se traduz por envolvimento, por ter o coração nos sentimentos dos outros, por se importar com o que importa para o seu próximo, por participar em amor da vida do outro, sem bisbilhotice, sem fofocas, sem intrigas, mas com puro e santo amor que vem de Deus. Isso é produto raro em nosso mundo atual, inclusive é raro dentro da Igreja, mas é assim que o Pai deseja que sejamos, e seja também o nosso amor. Jesus sentia desta forma, Ele se envolvia, chorava, participava, se alegrava com as pessoas, isso sem restrições, preconceitos, pudores humanos, que mais se traduzem por religiosidade e farisaísmo. O cristianismo é a crença do amor, que se compadece, que se envolve, que participa. O amor cristão exorta, chama a justiça, mas também se compadece do fraco, se emociona com o pequenino, se dedica ao seu semelhante. Sigamos o exemplo do Mestre, amemos com compaixão, buscando assim sermos mais semelhantes a Jesus. “Ora, o seu mandamento é este, que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou.” (I João 3. 23).
O seu amor ao SENHOR tem de ter:
4º) COMPROMETIMENTO.
Após vermos todas essas necessidades envolvidas na nossa intensidade em amar a Deus, nada mais importante e óbvio que sentirmos um senso de comprometimento com Deus e com o nosso semelhante. É óbvio, porém, a maioria não se compromete com o que aprendeu até agora, tanto é, que se faz necessário essa mensagem neste momento! Quando Jesus nos orienta: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Ele nos orienta a nos comprometermos com nossos semelhantes com o mesmo comprometimento que temos para conosco. Ele nos orienta a atendermos as necessidades alheias, como atendemos a nossa, ou seja, quando temos fome, comemos, da mesma forma, quando alguém ao nosso lado tem fome, alimentamos a ela. Quando temos frio, nos agasalhamos, da mesma forma quando alguém ao nosso lado está nessas condições, agasalhamos a ela, e assim vai em todas as necessidades. Devemos amar com comprometimento. E isso deve acontecer sempre, e não somente em uma campanha específica por agasalho, ou quando trocamos um quilo de alimento por um ingresso de um espetáculo de entretenimento. Devemos também em amor, nos comprometermos com o Reino de Deus, em todas as esferas: evangelizando, orando, jejuando, contribuindo com nossos bens (dinheiro, carro, casa, moto). Os heróis da fé, descritos no texto de Hebreus 11, foram homens e mulheres  comprometidos, com um amor comprometido, com uma vida comprometida, por isso foram tidos como pessoas dos quais “o mundo não era digno” (Hb. 11. 39). Sejamos nós assim também, comprometidos em amor com o SENHOR, e o SENHOR será comprometido conosco até a nossa salvação.
CONCLUSÃO:
Não há amor a Deus sem amar ao próximo, não há salvação em Cristo, sem que haja nesta terra amor pelo seu semelhante, não há benção genuína em sua vida, se a sua vida não for benção na vida do seu irmão e irmã em Cristo Jesus. Esse amor ao SENHOR e ao seu próximo deve ser: sincero; com renúncia; apaixonado e comprometido para a glória do SENHOR nosso Deus!
Soli Deo Gloria
Rev. José Ricardo Capelari.

0 comentários:

Você é nosso visitante

Obrigado!

Seguidores

Voltemos ao Evangelho

Diga não a essa atrocidade!

Diga não a essa atrocidade!
Pedofilia é crime!

Afiliado a UBE



Sociedade Calvinista

Bases da Reforma

Bases da Reforma
Valores da liberdade protestante

Dicionário Hebraico

Tradutor Online

Desenvolvido por Alexandre Rossi. Tecnologia do Blogger.

Siga-me no Twitter

Siga-me no Twitter
twitter.com/_capelari

Vale a pena ler!

  • O Livro mais mal humorado da Bíblia - Ed René Kivitz
  • O discipulado dinâmico - Kuhne
  • Religião, uma bandeira do inferno - Glenio Paranaguá
  • Cruz Credo, o credo da cruz - Glenio Paranaguá
  • Ponha ordem em seu mundo interior - Gordon McDowell
  • Corra com os cavalos - Eugene Peterson
  • Pastoreando a Igreja - Joseph Stowell
  • Liderança em tempos de crise - Charles Swindoll
  • Bíblia Sagrada - Todas edições
  • Revista Ultimato

Click na imagem e ouça a rádio da Igreja Presbiteriana do Brasil

IPB - Rádio & TV

IPB - Rádio & TV
Todas as quartas-feiras pela RTV Canal 10 às 20:00hs para Maringá e região. Click e acesse o conteúdo on line

Conheça a PL 22

NÃO À PL 122