A Reforma Protestante
Todos nós já sabemos que a Reforma foi iniciada por Martin Luther (Martinho Lutero), monge alemão que viveu no século XVI, quando este escreveu suas 95 teses. Ao contrário do que muitos pensam, Lutero não queria fundar uma nova igreja e sim restaurar a que já existia. Um dos significados da palavra ‘reforma’ é restauração. Essa era a idéia de Lutero; que a Igreja pudesse retornar ao caminho da qual havia se desviado. E de onde ele tirou a idéia de que a Igreja estava fazendo as coisas de maneira errada? A resposta está lá em Rm. 1:17: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.“ Sabe-se bem que no tempo de Lutero, um “justo” não vivia pela fé, mas sim pelas obras. A partir daí, Lutero redigiu suas 95 teses, e suas idéias se espalharam não só pela Alemanha, mas por todo o continente europeu. Estava aceso o pavio da Reforma.
Como já foi dito, há muito o que se falar da Reforma Protestante. Como foi dito que devemos viver de acordo com os princípios defendidos por ela, podemos discorrer um pouco sobre alguns desses princípios, que podem ser resumidos como os 5 pilares da Reforma Protestante.
1º. Sola Scriptura – Somente a Escritura
Isto quer dizer que nós devemos tomar somente as Escrituras Sagradas, ou seja, a Bíblia, como única regra de fé e prática, como única fonte e norma de todo o conhecimento cristão . Não o que o pastor diz, não o que a tradição diz, não o que o último livro de algum escritor famoso diz, não o que algum irmão ou irmã porventura possa dizer. Somente a Bíblia e nada mais. Ponto.
2º. Sola Gratia – Somente a Graça
O que isto quer dizer é que somente pela graça de Deus, e não por qualquer mérito humano, é que podemos ser salvos e podemos viver de acordo com o que a Palavra de Deus nos ensina. É Deus, pela sua graça, que vai ao encontro do pecador para salvá-lo. É Deus, pela sua graça, que capacita a nós, pecadores, para vivermos de acordo com sua Palavra. Não é pelo esforço do próprio homem, nem pela sua própria vontade. Como está escrito em Ef. 2: 8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”.
3º. Sola Fide – Somente a Fé
É mediante a fé, que é dom de Deus, e somente por ela, é que somos justificados pelo sacrifício de Cristo na cruz. Não por obras, para que ninguém se glorie. Como nos já referidos textos Rm. 1:16-17 e Ef. 2: 8-9. Mais claro que isso, impossível!
4º Solo Christi – Somente Cristo
Somente Cristo como mediador entre Deus e os homens. Somente Cristo como caminho para salvação. Pode parecer repetitivo, mas novamente: não é o pastor, o pagamento do dízimo, o realizar de boas obras, o exercício dos dons ou qualquer outra coisa, mas somente Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Jo. 14:16: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”.
5º Soli Deo Gloria – Somente a Deus Glória
Alguém deve se lembrar dessa pergunta, é a primeira pergunta do Breve Catecismo: “qual o fim principal do homem?”. A resposta: “Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.”. A palavra ‘fim’ não quer dizer que o homem irá glorificar a Deus no final de sua vida; significa que o objetivo principal da existência do homem é glorificar a Deus. Certamente isto é um pouco diferente do que costumamos ouvir por aí: a busca pela satisfação pessoal, o homem como centro de todas as coisas. O que isso quer dizer? Que não devemos passar a nossa vida buscando as coisas que nos agradam. Devemos passar nossa vida buscando aquilo que agrada a Deus, afinal, devemos glórias e Ele e somente a Ele. É Deus quem deve ser glorificado através de nossas vidas, de nossas ações. Não devemos buscar glórias para nós mesmos, nem dar glórias a qualquer outro homem, semelhante a nós mesmos. Não devemos exaltar alguém por escrever bem, pregar bem, cantar bem, ou tocar bem algum instrumento qualquer. Devemos exaltar e glorificar aquele que fez todas as coisas, Deus. Mt. 5:16:“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”.
São essas as bases da Reforma Protestante. São estes os princípios pelos quais muitos reformadores lutaram e morreram. São estes os princípios que chegaram a nós, nos dias de hoje. Mas fica uma pergunta, para aqueles que quiserem refletir: será que ainda hoje, são esses os princípios que norteiam nossas vidas? Ou será que já não é a hora de fazermos uma “reforma” dentro de nós?
S.D.G.
extraído e adaptado de http://umpipvg.wordpress.com/2007/11/08/a-reforma-protestante/ acesso em 27/10/09 - 15:30h
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