postheadericon As outras lições da figueira!

20. E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. 21. Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. 22. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; 23. porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. 24. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. 25. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26. [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.] (Marcos 11. 20 - 26).

Nesta seção do texto referente ao episódio da figueira, vemos Jesus e seus discípulos passando pelo local num dia diferente do primeiro fato, ou seja, um período de tempo havia passado entre a sentença dita por Jesus a figueira, e o fato de a comprovação da “morte” da mesma.Esse período de tempo é interessante, pois trabalha a questão da fé no que Jesus diz, e na fé do que Jesus faz. Muitos acham lindas as palavras de Jesus, porém não acreditam que ele é capaz de fazer o que diz. Muitos se sentem empolgados numa noite de fervor, quando numa reunião na igreja, promessas, milagres, maravilhas, emoções são expostos a um coração sedento. Isso traz um animo momentâneo, porém, no dia seguinte, quando a realidade vem aos olhos, muitos esfriam na fé. Os discípulos vinham de uma jornada de grandes acontecimentos, coisas imediatas, acontecimentos simultâneos, que motivavam a fé, porém, este é um fato que não tem resultado instantâneo, que espera um pouco para acontecer, e que quando acontece, espanta os discípulos, que deveriam estar esperando por este fato. Daí o Senhor Jesus em toda a sua sabedora, passa a ensinar lições valiosas sobre a fé e o conhecimento de Deus aos seus discípulos. E é sobre isso que eu gostaria de falar hoje com você, sobre a fé:

1º) A fé nos faz alcançar grandes coisas (vv. 22 e 23).

Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele”.

Ao passarem no dia seguinte pela figueira amaldiçoada, Jesus e os discípulos verificam que a mesma havia secado, e isso não era uma simples queda de folhas, ou uma praga que maltratara a sua aparência, a figueira havia perdido a vida. Jesus sabia disto, ele havia realmente proferido esta sentença, porém ao que parece, os discípulos não haviam entendido direito, ao que Pedro declara ao ver a figueira: “Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou”. Esta frase de Pedro não vem acompanhada de uma convicção, de uma firmeza no que vira, mas vem como uma expressão de espanto, de surpresa diante do que estava presenciando. Jesus percebe isso e profere seu ensinamento: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Jesus começa a dizer que tudo o que aqueles homens estavam experimentando, presenciando, vivendo era algo muito maior do que tudo o que eles já haviam visto, porém, se tivessem fé, poderiam ir muito além. O próprio Jesus diz: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (João 14.12). Para que possamos presenciar e executar grandes coisas na vida cotidiana e também na vida espiritual, é necessário que exercitemos nossa fé, que a coloquemos em prática, e que confiemos de que no Senhor, podemos todas as coisas. Todo cristão precisa viver pela fé, como diz: “mas o justo viverá pela fé”. (Habacuque 2.4b). E essa fé nos conduzirá a um patamar mais elevado, a uma vida mais abençoada, a um grau de espiritualidade nunca antes vivida, basta para isso viver pela fé.

2º) A fé é abastecida pela oração (v 24).

Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”.

Algo interessante associado por Jesus a fé, é a oração. Creio que o combustível que abastece a fé é a oração, os grandes heróis da fé, também foram pessoas de uma vida profunda de oração. Para que possamos experimentar uma fé genuína, precisamos também de uma vida de oração genuína, uma vida de intimidade e comunhão com o Senhor, que conheça Sua força e seu poder, e assim experimente de Suas maravilhas. A oração nutre a fé, pois nos faz verbalizar os feitos de Deus, nos faz lembrar do que o Senhor faz e fez por nós, nos faz acreditar que Deus é capaz de tudo o que Ele mesmo nos prometeu. Quem não conhece a Deus, não pode crer no que Ele faz realmente. Quem não conhece a Deus não sabe do caráter de Deus. A fé associada à oração permite ao cristão continuar confiando em Deus, mesmo que o pedido feito não seja concretizado, mesmo que a razão da nossa fé não seja respondida de imediato. Quem associa à fé a oração, confia em Deus em toda e qualquer situação. A fé sem oração não passa de crendice, de dito poupar, de crer somente no que se pode ver ou no que se pode acreditar. A fé com oração é o que vemos em Hebreus 11.1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. Sem a companhia da oração, a fé não alcança o impossível, não revela os mistérios de Deus, não faz acontecer o sobrenatural, o intocável, o intangível, a oração catalisa a fé, a torna mais forte, e faz dela a fé que o Senhor deseja para nós. Mas a oração faz a fé ser ainda mais especial, pois a oração fortalece a fé, e assim os milagres acontecem: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4. 31). Fica esta ordem, para que os milagres aconteçam e sua vida: “Orai sem cessar” (I Ts. 5.17).

3º) A fé sem amor ao próximo e a Deus é vazia e sem poder (vv 25 e 26).

E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]”.

Vimos que pelo poder da fé podemos alcançar grandes coisas. Vimos também que a fé associada com a oração é ainda mais forte. Mas precisamos aprender também que, a fé sem amor é morta, mesmo que haja suplicas, mesmo que haja maravilhas acontecendo, sem amor nada tem valor! “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei” (I Co. 13.2). Jesus é categórico em seu ensino: E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai”. Não adianta longas orações, não adianta crer no impossível, se o coração está carregado de rancor e cheio de ódio. Não adianta querermos o melhor de Deus, que é o Seu amor incondicional, demonstrado na cruz do calvário, e não expressarmos o melhor do Senhor que é amarmos o nosso próximo, mesmo que esse seja meu pior inimigo. “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5. 44 – 46). A dinâmica do cristão deve ser a descrita em Atos 20.35: “Mais bem-aventurado é dar que receber”. Somos mais felizes quando oferecemos amor, não que seja ruim receber, ou seja pior do que dar, mas o valor cristão é o de sempre oferecer, de sempre servir, por ter sido amado e servido primeiro pelo Senhor Jesus Cristo. E ainda há algo implícito neste ensino que precisa de destaque. Como na primeira parte do texto, vemos Jesus Cristo amaldiçoar a figueira por ela não ter cumprido o seu papel, vemos agora Ele impor um pesado castigo aqueles que não perdoam ou amam ao seu próximo, que é: “se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas. Essa sentença de Cristo demonstra qual deve ser a nossa atitude em relação aos irmãos, e qual a posição de Deus em relação a cada um de nós. Não que Deus condicione a nossa salvação, pois isso não depende do que fazemos. Aqui o que podemos ver, é a condição verdadeira de cada coração, pois uma vez que somos tomados totalmente pelo amor de Cristo, passamos a transmitir totalmente o amor de Deus. Sendo assim, viva e transmita o amor de Deus, pregue a redenção que há em Jesus Cristo, diga da justiça Divina, e espere os feitos de Deus em sua vida.

Como vimos, a fé é algo acessível, porém não é simplória ou sem exigências, a fé requer do cristão uma atitude viva de crer no Senhor Jesus Cristo, e em tudo o que ele pode fazer, independente das circunstâncias. Porém, fé por fé, simplesmente para receber algo que se deseja muito, não tem peso nem valor, a fé genuína, baseada na mesma fé dos pais da igreja, dos grandes heróis bíblicos, é uma fé pautada na oração, que leva a intimidade e ao conhecimento do caráter de Deus, porém, o ingrediente principal dessa fé é o amor, e não o resultado da fé, pois quem crê em Deus, ama a Deus, e quem ama a Deus ama ao seu próximo!

Soli Deo Gloria!

Rev. José Ricardo Capelari.

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