postheadericon Lições da figueira!

12. No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. 14. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.

O texto que acabamos de ler ilustra bem o que Jesus espera da vida de um cristão verdadeiro. Dentro desta história nós somos a figueira, e tudo o que se expressa ao redor dela, ilustra também o que acontece com nossas vidas.Dentro desta perspectiva, veremos o que precisamos ser diante de Cristo, e a consequência de negarmos nossa vocação, escondermos nossos frutos e deixarmos de cumprir com a nossa parte no reino de Deus.Todo o cristão tem uma vocação, tem um chamado, um sacerdócio diante de Deus e do mundo, como diz I Pedro 2. 9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Sendo assim, precisamos entender que todo o cristão deve ser:

1º) Referêncial de vida (vv. 1 2 e 13a).

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa”.

É interessante essa afirmação, de que ao ter fome Jesus olha para a figueira, vê suas folhas, e vai até ela buscando o que comer, mesmo sabendo que não era a época de figos, pois eles estavam provavelmente em Abril, e naquela região o figo madura em Junho. Porque isso era interessante? Porque Jesus foi impelido a ir a figueira por observar que ela estava com folhas, provavelmente verdes, vistosas, vívidas, atraentes aos olhos famintos e necessitados daquele homem. A vida chama a atenção, atrai, impacta, anima, e ao ver que havia vida naquela figueira, Jesus foi atraído a ela, procurando o que ela tinha a lhe oferecer, assim também deve acontecer com cada um de nós. Nesta história, nós somos a figueira, e devemos ser para os outros o referencial de vida, onde os famintos encontram esperança, alimento, abrigo, sustento. Eu e você precisamos ser “Referenciais de vida!”, como foi esta figueira aos olhos de Cristo, como é aquela luz de um farol, em meio a um denso nevoeiro em alto mar, a guiar as embarcações para que não se percam e acabem afundando. É como nos diz Jesus: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5. 16). Assim devemos ser eu e você, referenciais, exemplos, fontes a jorrar a mais pura e deliciosa água que é Jesus Cristo em nossas vidas. Não jorramos de nós mesmos, não oferecemos de nós mesmo, mas damos o que também recebemos, que é a graça e o poder de Jesus Cristo em nossas vidas, por isso as pessoas devem olhar para a sua vida e tê-la como um referencial, pois você expressa a vida que Cristo vive em ti. Paulo nos diz: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. (Gálatas 2.20). As pessoas ao olharem para mim e para ti devem ver a Cristo, ao Salvador, a sua graça maravilhosa, que se manifesta na vida de pecadores necessitados, como somo nós, e assim, desejarem essa mesma graça para suas vidas. O Senhor Jesus te chama a ser um referencial de vida, uma fonte a jorrar das suas águas de vida e refrigério, a todos os que delas precisarem.

Todo o cristão deve ser:

2º) Frutífero em todo o tempo.(v. 13b).

“Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos”.

Como eu já falei, e agora o próprio texto afirma, aquela não era a época de figos, ou seja, ninguém esperaria frutos maduros naquela árvore, porém, como vimos, Jesus olha para a figueira e a vê frondosa, ponderando que mesmo fora de época, aquela vívida árvore poderia oferecer-lhe algo. Na palestina, as figueiras começam a expressar sua vida em março, dando suas folhas verdes, e essas, são acompanhadas de pequenos botões de flores comestíveis, chamados TAKSH. Então mesmo fora da época exata da frutificação, a figueira já está pronta a oferecer alimento, dando fruto a tempo e a fora de tempo, assim sendo, nós que somos a figueira, também devemos ser “Frutíferos em todo o tempo”. Essa deve ser uma marca em sua vida: Ter o que oferecer as pessoas em qualquer momento da vida! “Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7. 20). Não importa o que esteja acontecendo, não importa qual seja a estação, o que importa é que como Cristãos genuínos, nós temos o que oferecer as pessoas, e a nossa oferta sempre expressa a boa qualidade e a graça de Jesus Cristo. Jesus imagina que aquela figueira Lhe daria o que comer, que lhe supriria a necessidade, assim também, as pessoas ao nosso redor, principalmente os mais necessitados, tanto fisicamente quanto espiritualmente, buscam e nós a fonte que pode lhes matar a fome, ou seja, buscam em nós a semelhança de Cristo Jesus e os frutos do Espírito. Então, a todo o instante, independente do que estejamos vivendo ou passando, precisamos oferecer amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, que são os frutos descritos em Gálatas 5. 22 e 23. Cristãos verdadeiros são como árvores vívidas, frondosas em qualquer estação da vida, prontas a alimentar a quem precisar dela, disposto a todo o momento a pregar o evangelho da vida, que alimenta e liberta o encarcerado e faminto, como orienta o Apóstolo Paulo a Timóteo, em II Timóteo 4.2. O Senhor deseja que você seja frutífero, independente das situações da vida, das horas difíceis, é assim que demonstramos nossa fé e amor ao Senhor, dando frutos que revelam a bondade e graça do criador.

Todo o cristão deve entender:

3º) Que a árvore sem vida e sem fruto, está condenada a morte.(v. 27).

“Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto”.

Vimos que Jesus esperava algo de bom daquela figueira, ela estava enfolhada, vistosa, convidativa, porém ao chegar a ela viu que tudo não passava de promessa, que mesmo fora de tempo, aquela figueira não tinha nada a oferecer, e que por negar até os TAKSH, não prometia nada para o futuro. Diante disto, Jesus amaldiçoa a figueira, condenando-a eternamente, pois era inadmissível que uma planta bem plantada, com condições, vistosa como aquela, não oferecesse o mínimo a quem a procurasse ou que precisasse dela. Nós somos as figueiras, e mesmo que aparentemos vida, com uma folhagem vistosa, não escaparemos do peso do juízo final, se não dermos os nossos bons frutos que alimentam e abençoam vidas. Uma árvore plantada para dar frutos, não pode se contentar somente em dar folhas verdes e oferecer boa sombra, ela foi criada para dar frutos, abençoar, multiplicar, glorificar ao seu criador. Não adianta sermos religiosos, conhecermos os propósitos divinos, sabermos os mandamentos e os rituais religiosos, não adianta somente participar das reuniões, é preciso dar frutos, é preciso ter vida e dar vida. Existem muitos hoje em dia, como existia antigamente, que acham que basta ser religioso, que basta ter os princípios cristãos dentro da mente e pronto, mas não é assim que funciona, pois não basta ser figueira, tem que dar figos, ou seja, não adiante ser crente, temos de ser cristãos verdadeiros, que vivem dentro dos princípios, mas acima disto, que glorificam a Deus e todos os seus atos. Eu sei que não é fácil dar bons frutos em dias como os de hoje, onde a sequidão, a aridez é constante na atitude das pessoas, mas a nossa vida não vem de nós, vem de Cristo, pois nós estamos plantados junto a Ele, como diz Jeremias 17. 7 e 8: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”. Porém não podemos fugir do compromisso que nos é imposto, não podemos negar nossa vocação de sermos frutíferos, pois “Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”. (Mateus 3.10).

Jesus Cristo deu sua vida por nós, Ele foi e é o referencial de vida que precisamos seguir, sendo assim, os seus exemplos servem de exemplo para nós também, e devemos seguir os Seus passos, imitando a Jesus em todo o momento. Jesus em todo o momento foi fonte de vida, ofereceu alimento físico e espiritual a todos que precisavam, e nós não podemos fazer diferente, precisamos ser referenciais de vida, frutíferos em todo o tempo, pois se negarmos essa nossa santa vocação, estaremos trazendo juízo sobre nós, sendo condenados eternamente, como uma árvore que é arrancada pela raiz, e morre, sendo destinada ao fogo por negar seus frutos. Jesus te chama a ser uma árvore frutífera plantada junto às correntes de água, e tudo o que você fizer assim, será bem sucedido (Salmo. 1. 3).

Soli Deo Gloria!

Rev. José Ricardo Capelari.

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